Uma volta em SF Market Street em 1906...

Eu amo San Francisco. Amo. Amo. Amo. Amo.
San Francisco faz parte da minha história de vida, de amor, de sonhos.
Uma querida amiga achou este vídeo M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O que mostra o trecho da avenida principal da cidade  - Market Street até o Ferry Building.
Claro que foi feito um trabalho de digitalização para incluir o vídeo, mas viajei no tempo e constatei que que o tempo pode passar mas os Californianos sempre foram ruins no trânsito e os pedestres sempre tiveram o hábito de atravessar a rua do jeito que for mais conveniente. Coloquei também um vídeo feito em 2005 do mesmo trajeto, as diferenças são gritantes!
Espero que gostem, assim como eu amei!!


 
San Francisco - Market Street 1906

 

 San Francisco - Market Street 2005 (quase mesma hoje)

Então é oficialmente primavera...

Descobri o verdadeiro sentido da primavera e do milagre da vida quando mudei-me para os Estados Unidos em 2007. Cheguei no meio do inverno em New Jersey, tudo o que eu via era neve e neve e neve e mais neve. As árvores pareciam mortas, não haviam nenhum sinal de vida em nenhum lugar. E aí de repente, quando eu menos percebi o gelo começou a derreter, a temperatura esquentar e as árvores que pareciam mortas começaram a mostrar sinais de vida, folhas verdinhas, os famosos cherry blossoms, pássaros, animaizinhos, as pessoas pareciam estar mais felizes... era o ciclo da vida se renovando e mostrando que sim, mesmo depois de longos meses de escuridão e frio, há dias melhores pela frente...
Na Califórnia estamos em clima de primavera, bem, desde janeiro. Foi o inverno mais bizarro que passei por aqui, já que as temperaturas não baixaram muito e não recebemos chuvas, por isto estamos passando por período de estiagem assim como nossos companheiros do Sul/Sudeste do Brasil. As flores que deveriam nascer agora no fim de março e no começo de abril, já nasceram e morreram mês passado e eu estou aqui na esperança de que as minhas tulipas não tenham sido afetadas por este tempo maluco e brotem. Ahhh, como eu quero poder vê-las este ano...
Uma querida amiga disse semana passada que estava cansada do inverno deste ano, mas porque com ele vieram tantas notícias ruins, um período de escuridão e tristeza e nós estamos esperando que a primavera traga renovo de vida, de esperança, de alegria para todos nós. Eu aproveitei os meus últimos dias de Sol semana passada quando pude passear pela costa magnífica de Pacific Grove e viajar pela 17 mile Drive, ver os pássaros, o mar, os leões marinhos e seus filhotes. E só pude agradecer a Deus por aquela oportunidade de poder sentir por alguns segundos o calor do Sol na minha pele e me encher de energia de que o meu inverno vai terminar logo. E no dia seguinte visitar San Francisco, a cidade que eu amo e observar no dia mais lindo ensolarado a Golden Gate Bridge e seu vermelho encantador contrastando com o azul do céu e o verde das montanhas ao redor. Enquanto estava ali, junto ao meu marido eu pensei: "Meu Deus, eu amo demais a minha vida. Eu amo demais as coisas simples e lindas que o Senhor me deu. Eu só quero ficar boa para aproveitar tudo isto!".
Aquelas imagens foram e tem sido forças para suportar os dias difíceis, infelizmente a minha condição de saúde não melhorou e comecei tratamento de quimioterapia para tratar da Lupus fazendo com que eu aproveite a primavera dentro de casa, em um quarto escuro porque a claridade incomoda demais.
Mas eu tenho esperança, a esperança do renovo e de vida nova que a primavera traz. Mesmo que tudo pareça morto, sem vida, sem futuro, independente das circunstâncias lá fora, das pessoas, do que você vê... primeiro a primavera tem que germinar dentro de você. As flores chegarão. A vida retornará. Deus nunca falha.

Inspiração para momentos difíceis...

Ontem foi um dia difícil. Mas quem é que não tem dias difíceis?
Cada um de nós enfrenta batalhas diárias dos mais diversos tipos e tamanhos.
A minha batalha pode ser a dor, a sua o desânimo. A do meu vizinho luto, a do meu conhecido dívidas.
A dor, a tristeza, a angústia, a preocupação são sentimentos tão individuais que mesmo compartilhados com aqueles que amamos às vezes não podem ser expressados com exatidão o quanto nos afetam.
E o que fazer nestes momentos em que as batalhas parecem maiores do que nós? Podemos nos afundar na nossa própria dor e ali ficarmos, tristes, amuados e impotentes. Muitas vezes até nos afastando das pessoas que nos amam e que querem ajudar.
A outra opção é lutar, é encontrar um raio de luz, é olhar além da nossa dor e ajudar de alguma forma aqueles que estão sofrendo. É difícil, muito difícil, mas quando ajudamos outros com suas dores, Deus parece cuidar melhor da nossa e quando menos percebemos, foi embora, ou pelo menos aquele estado de desespero se foi.
Hoje de manhã o meu marido foi caminhar e retornou com um link de um website dizendo que assim que ouviu lembrou de mim, algo que eu iria gostar. E ele estava certo.
Uma inglesa, que sofreu tanto transformou a sua dor em algo belo. Após diagnosticada com uma doença crônica, começou a escrever pequenos bilhetes com palavras de amor e incentivo para estranhos. Agora ela escreve cartas, para pessoas no mundo inteiro que estão passando pelas mais diversas dificuldades.
Fez a diferença na minha vida, e eu gostaria de passar adiante a sua mensagem para que ela te inspire assim como me inspirou.
Hoje, mesmo que esteja passando por sua batalha pessoal, não se esqueça de olhar em volta e espalhe amor, alegria, uma palavra de incentivo pode ser tudo o que alguém precisa ouvir. Um elogio, um gesto gentil. O mundo está carente de pessoas que se importa, que amem de verdade, com ações e não somente com palavras vazias. Assim como esta jovem me inspirou hoje, que ela inspire você a fazer diferença não somente na sua vida, mas na vida das pessoas ao seu redor.
Para saber mais sobre a história desta jovem e seu projeto, ou até mesmo pedir uma lovely letter, aqui está o website dela: One million lovely letters

Aumento de crime na Bay Area...

Eu sou de São Paulo. Da periferia da zona sul da cidade.
Violência é algo que fazia parte do meu dia-a-dia, no sentido de estar sempre alerta quando estava na rua. Lembro que a minha mãe me obrigava a andar com "dinheiro pro ladrão" dentro da carteira (um dinheiro que ficava reserva e que eu entregasse caso fosse assaltada) porque assim ele não ficaria com raiva e fizesse "uma maldade" comigo.
E eu saí de São Paulo, mas São Paulo não saiu de mim. Mesmo morando num lugar muito mais seguro, onde a maioria das pessoas andam por aí despreocupadas com seus pertences pessoais sejam celulares de última geração, jóias, relógios, carros caros. Todos se sentem seguros e os americanos, em sua maioria vivem na bolha da segurança e da crença de que "aqui é um lugar seguro/ isto nunca vai acontecer comigo."
Infeizmente tenho percebido através do noticiário que os "crimes de oportunidade" estão aumentando por aqui. Lógico que não se compara com a proporção de São Paulo (nem dá para comparar já que só Sampa tem mais de 3x o tamanho da região da Bay Area), mas é infelizmente comum ler notícias e ver reportagem de assaltos e furtos.
Para vocês terem uma idéia, um dos lugares mais arriscados para "se perder" um Iphone é dentro de ônibus em San Francisco. Há grupos que simplesmente arrancam o aparelho da pessoa enquanto ela está distraidamente usando no ônibus, dá sinal e sai correndo quando a porta abre. O aparelho é vendido ou trocado por drogas e as chances de recuperá-lo são muito difíceis.
O aumento deste tipo de coisa é uma combinação de fatores, acredito eu. Primeiro de tudo a crise financeira que ainda está afetando a região. O seguro-desemprego foi cortado de milhares de pessoas na região e a gente sabe que infelizmente é na época de crise que muitos com a oportunidade de dinheiro fácil/necessidade acabam tomando atitudes desesperadas. O segundo fator, acredito que é aquele senso de segurança que as pessoas tem e não tomam cuidados básicos, o que eu e você chamaríamos de bom-senso.
Pensa bem... você deixaria a chave reserva do seu carro dentro dele a porta destrancada? Pois é... uma mulher deixou e teve o carro roubado e ela diz que achou que tinha se mudado para um lugar seguro, mas que agora, veja bem, AGORA aprendeu a lição e vai trancar a porta do carro. Várias vezes os policiais aparecem dando "dicas" de segurança dizendo para os moradores "tranquem as portas das suas casas"... eu até entendo a inocência destas pessoas porque simplesmente eles nunca tiveram que viver num lugar onde houvesse violência, mas bom senso que é bom parece que está faltando em muita gente por aqui.
Eu só fico imaginando como é que o pessoal lá em Sampa iria reagir vendo um vídeo como este, que saiu esta semana no jornal local...
Desculpem não traduzir o vídeo que se encontra no link abaixo, mas basicamente está dizendo o aumento de furtos em casa e carros que estão simplesmente com portas abertas numa vizinhança considerada tranquila e de média classe. A mulher de vermelho da reportagem foi a que eu citei aí em cima, tinha acabado de se mudar na região e teve o Audi roubado praticamente na porta de casa às 5pm.

Reportagem sobre furtos em Alameda County


Por tanto, não importa onde esteja - fique sempre de olhos abertos! Trombadinha, ladrão e gente ruim tem em todo lugar do mundo, viu!! Conheço gente que já foi roubada nos lugares mais "chiques e seguros"do mundo - Paris, Londres, New York, Orlando, Roma, etc, etc. Quando for viajar não deixe o bom-senso em casa.  :-)